domingo, 17 de dezembro de 2017
sábado, 11 de novembro de 2017
sexta-feira, 27 de outubro de 2017
domingo, 16 de julho de 2017
Diabetes tipo 2: fármacos para além da metformina
Diabetes tipo 2: fármacos para além da
metformina
· Centro de Estudos de
Medicina Baseada na Evidência – CEMBE – Junho de 2017
o
QUESTÃO CLÍNICA
Qual a eficácia e segurança da monoterapia
com metformina em comparação com a sua associação a outros agentes, nos adultos
com diabetes mellitus tipo 2?
DESCRIÇÃO DO ESTUDO
Metanálise de um total de 204 estudos com
durações entre os 3 meses e os 8 anos (22 deles com mais de 2 anos), com 81%
desses sendo controlados e randomizados, que avaliaram comparativamente várias
medicações (metformina, tiazolidinedionas, sulfonilureias, inibidores da DPP-4,
inibidores do SGLT-2 e agonistas do receptor GLP-1) para diabetes mellitus (DM)
tipo 2 em monoterapia ou em combinação com metformina. Os restantes eram
estudos observacionais, que contribuíram para a avaliação dos fatores confundidores.
Aproximadamente 65% dos estudos incluídos eram duplo-cegos, as perdas no
seguimento foram superiores a 20% na maioria dos estudos e os participantes
incluídos foram adultos diabéticos tipo 2, com excesso de peso ou obesidade e
hemoglobina glicada (HbA1c) entre 7-9%.
OUTCOMES
Primários:
· Mortalidade por todas
as causas
· Complicações
macrovasculares
· Complicações
microvasculares
Intermédios:
· HbA1c
· Peso corporal
· Pressão arterial
sistólica e frequência cardíaca
De segurança:
· Hipoglicémia
· Efeitos secundários
gastrointestinais
· Efeitos adversos
específicos dos inibidores de SGLT-2
· Insuficiência cardíaca
congestiva
RESULTADOS
Quanto aos outcomes primários, existe
evidência de qualidade moderada sugerindo uma menor mortalidade cardiovascular
a longo prazo com a metformina, em comparação com as sulfonilureias em
monoterapia. A evidência foi de baixa qualidade ou insuficiente para analisar
os restantes fármacos.
Quanto aos outcomes intermédios, a maioria
das medicações analisadas proporcionaram uma redução equivalente na HbA1c, com
excepção dos inibidores da DPP-4 que proporcionaram uma redução menor em
comparação com a metformina ou com as sulfonilureias. As tiazolidinedionas e as
sulfonilureias foram associadas a um aumento do peso em comparação com o
restantes agentes. Os inibidores do SGLT-2 e agonistas do receptor GLP-1
reduziram a pressão arterial sistólica em 3 a 5 mmHg sem aumento concomitante
da frequência cardíaca.
Quanto aos outcomes de segurança,
verificou-se um risco aumentado de hipoglicemia com as sulfonilureias, de
efeitos secundários gastrointestinais com a metformina e os agonistas do
receptor GLP-1, de insuficiência cardíaca congestiva com as tiazolidinedionas e
de infeção genital com os inibidores do SGLT-2.
CONCLUSÕES
A evidência continua a suportar o uso de
metformina como terapêutica de primeira linha na diabetes tipo 2, mas ainda não
é suficiente para tirar conclusões sobre as restantes terapêuticas disponíveis
em monoterapia nem como adjuvantes à metformina.
Em 2014, a OMS reportou que 8,5% da
população mundial com mais de 18 anos tinha Diabetes Mellitus, tendo a
prevalência desta doença mais que duplicado nas últimas 3 décadas e sendo
responsável por mais de 1,5 milhões de mortes anuais. No entanto, o tratamento
da DM tipo 2 continua controverso, com a metformina recomendada como
terapêutica de 1ª linha custo-efetiva e com vários outros fármacos sugeridos
mas sem indicações conclusivas quando o controlo glicémico não é obtido.
Em concordância com as atuais guidelines
de tratamento da DM, esta metanálise veio uma vez mais demonstrar a falta de
evidência científica e de ensaios clínicos de alta qualidade para fazer
recomendações sobre os fármacos anti-diabéticos adjuvantes, além de reforçar a
eficácia e segurança da metformina. Embora tenham sido incorporados 204 estudos
nesta análise, não foi possível tirar conclusões para os outcomes primários (mortalidade
e complicações micro- e macrovasculares) com as diferentes classes de
adjuvantes.
Várias limitações foram apontadas pelos
autores, nomeadamente: apenas 65% dos estudos são duplo-cegos, e dentro desses
a maioria não reportou que medidas utilizou para garantir esta característica;
quase metade dos estudos não incluiu a raça/etnia dos participantes, e a
maioria excluiu a população idosa e com comorbilidades significativas; existiu
um elevado número de perdas durante o seguimento (>20%); aproximadamente 67%
dos estudos receberam financiamento de companhias farmacêuticas. Além disso,
esta metanálise teve apenas em conta as classes farmacológicas e não as
possíveis diferenças entre fármacos da mesma classe que contribuem para a
heterogeneidade dos estudos analisados.
Na ausência de melhores evidências, os
autores sugerem por isso que a decisão da terapêutica adjuvante à metformina
seja feita com base nas evidências de qualidade moderada que existem
atualmente, nas comorbilidades do doente, nas preferências e tolerância do
doente e preferência do médico quanto ao perfil de eficácia e segurança de cada
fármaco (HbA1c, aumento de peso, hipoglicemia, efeitos gastrointestinais) e nas
considerações logísticas, nomeadamente forma de administração e custo do fármaco.
Porque os estudos incluídos foram de curta
duração (máximo de 8 anos), não foi possível tirar conclusões a longo prazo,
nomeadamente para os outcomes de segurança. A curto e médio prazo, as
conclusões retiradas dos efeitos adversos farmacológicos podem ajudar na
orientação da escolha da terapêutica adjuvante.
Esta metanálise suporta a sugestão para a
realização de estudos observacionais de alta qualidade num futuro próximo, que
permitam concluir sobre a eficácia e segurança dos fármacos anti-diabéticos e
que venham trazer mais objetividade à terapêutica desta doença comum e mortal.
Autores: Juan Rachadell Pereira, Raquel
Vareda Alves ,
António Vaz Carneiro
quinta-feira, 13 de julho de 2017
domingo, 2 de julho de 2017
sábado, 1 de julho de 2017
quinta-feira, 15 de junho de 2017
segunda-feira, 5 de junho de 2017
quinta-feira, 1 de junho de 2017
sábado, 27 de maio de 2017
terça-feira, 23 de maio de 2017
sábado, 22 de abril de 2017
quinta-feira, 20 de abril de 2017
sexta-feira, 14 de abril de 2017
PRESCRIÇÃO DE PRODUTOS DE APOIO NA PEM
Circular Normativa Conjunta Nº 6/2017 ACSS/DGS/Infarmed/SPMS
No âmbito da prescrição de dispositivos médicos a doentes ostomizados ou com incontinência ou retenção urinária ao abrigo dos regimes de comparticipação estabelecidos nas Portarias n.º 284/2016, de 4 de novembro (com a redação dada pela Portaria n.º 92-F/2017, de 3 de março) e n.º 92-E/2017, de 3 de março), SPMS, EPE, em conjunto com a Administração Central do Sistema de Saúde, Direção-Geral da Saúde (DGS) e a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. (Infarmed), publica a Circular Normativa Conjunta Nº06/2017.
TRANSPORTE NÃO URGENTE
Portaria n.º 83/2016 – Saúde – Quarta alteração à Portaria n.º 142-B/2012, de 15 de maio, que define as condições em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegura os encargos com o transporte não urgente de doentes que seja instrumental à realização das prestações de saúde
Saúde
Quarta alteração à Portaria n.º 142-B/2012, de 15 de maio, que define as condições em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegura os encargos com o transporte não urgente de doentes que seja instrumental à realização das prestações de saúde
Quarta alteração à Portaria n.º 142-B/2012, de 15 de maio, que define as condições em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) assegura os encargos com o transporte não urgente de doentes que seja instrumental à realização das prestações de saúde
sexta-feira, 7 de abril de 2017
O LEITE DE VACA E O LACTENTE
O leite de vaca - O consumo de leite de vaca deve ser
evitado antes de a criança ter um ano de idade por causa do aumento da carga renal e o
aumento do risco de deficiência de ferro.
O Comité
ESPGHAN on Nutrition sugere que o leite de vaca não deve ser usado como a bebida
principal antes de 12 meses de idade; pequenos volumes de leite de vaca podem
ser adicionados aos alimentos complementares.
Os alimentos a evitar - Certos alimentos devem ser evitados
em crianças menores de um ano de idade. Eles incluem alimentos rígidos e
redondos (por exemplo, nozes, uvas, cenouras, e guloseimas redondas), o que
pode levar à asfixia, e mel (por causa da associação de mel com botulismo
infantil).
Atrasar
a introdução de alimentos considerados altamente alergénicos (por exemplo,
ovos, peixe, amendoim, nozes) para além da idade de quatro a seis meses tem
sido sugerida como uma maneira de prevenir a doença atópica em crianças de alto
risco (aqueles com um primeiro em relação com graus de doença alérgica
documentados). No entanto, vários grupos profissionais, incluindo AAP Committee on Nutrition and Section
on Allergy and Immunology and the ESPGHAN Committee on Nutrition , não encontrou nenhuma
evidência convincente de que esta prática tem um efeito protetor significativo.
(tradução uptodate)
quinta-feira, 6 de abril de 2017
A PÍLULA E O TABACO
A PÍLULA E O TABACO
A pílula hormonal e
o tabaco
O consumo de tabaco aumento a
probabilidade de surgimento de complicações venosas, ao nível do coração,
pulmões, cérebro e vasos sanguíneos. A mulher que usa a pílula hormonal deve
deixar de fumar, pois a combinação do consumo de tabaco com o uso de
estrogénios aumenta muito o risco de acidente trombótico, especialmente em
mulheres com mais de 35 anos.
O tabaco e o seu efeito na pílula
O consumo de tabaco não interfere com a
eficácia da pílula hormonal.
Se usa a pílula ou outro
anticoncepcional hormonal, coloque de lado o consumo de tabaco.
MITO: Mulheres
com mais de 35 anos não podem tomar a pílula.
A verdade: Mulheres
saudáveis que não fumam podem, na maior parte dos casos, tomar a pílula até
chegarem à menopausa. Para além das várias doenças associadas à dependência do
tabaco, as fumadoras têm maior probabilidade de desenvolver problemas de saúde
associados à toma da pílula contraceptiva. Por isso mesmo, é desaconselhada a
sua toma em mulheres fumadoras com mais de 35 anos.
Tabagismo
(mais de 15 20 cigarros/dia) em idade superior a 35 anos
MITO: A pílula
faz engordar.
A verdade: Este é um dos mitos mais comuns em torno da
pílula contraceptiva. Estudos
científicos já provaram que não existe nenhuma ligação entre a pílula e o
aumento de peso. Porém, o estrogénio presente neste medicamento pode
contribuir para que muitas mulheres se sintam “inchadas”, no entanto, este é um
sintoma que acaba por desaparecer com o tempo. Como muitas mulheres iniciam a
toma da pílula ainda muito novas, esta acaba por coincidir com as fases de desenvolvimento
do corpo feminino, onde as flutuações de peso são comuns.
PÍLULAS COMERCIALIZADAS EM PORTUGAL-EXCEL
quarta-feira, 5 de abril de 2017
domingo, 2 de abril de 2017
AINES E INIBIDORES DA COX-2
Norma nº 013/2011 de 27/06/2011 - DGS
Anti-inflamatórios não esteróides sistémicos em adultos: orientações para a utilização de inibidores da COX-2
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