O QUE SÃO OS “SAPINHOS”
Do mesmo jeito que existem milhões e milhões de bactérias vivendo
harmoniosamente em nosso organismo, o fungo cândida também é
considerado um microrganismo natural da nossa flora
microbiana. Ter pequenas colónias do fungo cândida vivendo na nossa pele,
boca e trato digestivo é perfeitamente normal. Quando o nosso sistema
imunológico encontra-se intacto, ele é plenamente capaz de manter a população
deste fungo sob controlo, impedindo que o mesmo possa causar qualquer tipo de
doença.
Porém, sempre que houver alguma fraqueza no nosso sistema imunológico, a
população de Candida albicans pode crescer rapidamente e se
tornar capaz de invadir as camadas mais profundas da pele, provocando
inflamação. Quanto mais grave for o grau de imunossupressão do paciente, mais
agressiva e perigosa será a infecção pelo fungo cândida, podendo, inclusive,
haver invasão da corrente sanguínea, do coração ou sistema nervoso central.
O sapinho na boca é uma forma branda de candidíase, que acomete,
principalmente, a mucosa da língua e a parte interna da bochecha. Para se ter
candidíase oral não é necessário existir uma imunossupressão importante.
A imensa maioria dos casos de sapinho é provocada pela Candida
albicans, mas outras espécies de cândida também podem ser as responsáveis.
O aparecimento do Sapinho no primeiro ano de vida é
extremamente comum, principalmente após os 6 meses de vida quando a criança começa a conhecer o mundo pela
boca e acaba colocando tudo o que for possível nela.
O
Sapinho é uma infecção fúngica causada geralmente pela Candida albicans,
um microorganismo presente em até 80% das pessoas sem causar doenças, ou seja,
apenas colonizando a pele e o intestino.
A
moníliase ou candidíase oral, nome “médico” dos sapinhos, ocorre apenas em
indivíduos com algum tipo de incapacidade imunológica, seja apenas por
imaturidade como ocorre nas crianças até os 2 anos de idade, ou como
consequência de uma doença ou o tratamento da mesma, como quimioterapia contra
o câncer, AIDS, doenças hepáticas graves e etc.
O contágio do bebé ocorre através de contacto
da boca da criança com mãos ou objectos contaminados com o fungo. Inicialmente
ele coloniza a mucosa oral, depois com o desenvolvimento e aumento da
população, os sintomas começam a aparecer. Por conta da contaminação de objectos
e a transmissão directa mão-mão, toda criança com sapinhos deve ser afastada da
creche até desaparecimento das bolinhas brancas.
O sapinho é muito associado à outra infecção
causada pela C. albicans, só que nesse caso, a infecção ocorre na região da
fralda e é chamada de assadura ou dermatite de fralda, sendo os fungos
responsáveis por 80% das assaduras. É fácil identificar pelas bolinhas que se
formam ao lado do vermelhão.
Sintomas
Os sintomas são:
·
Bolinhas brancas na boca, gengiva, “céu-da-boca”, bochechas e
língua que podem ser removidas com relativa facilidade. Parece um algodão e o
local mais fidedigno é na parte interna da bochecha, pois nesse local não
acumula leite devida a salivação.
·
Irritação – leve a moderada intensidade.
·
Redução da alimentação – raramente ocorre de maneira substancial.
·
Fissuras mamárias na mãe.
·
Assadura com bolinhas.
Tratamento
O sapinho, por ser considerado uma doença
oportunista que ocorre apenas em pessoas com a imunidade reduzida ou imatura, é
relativamente fácil de ser tratado, desde que os factores de reinfecção sejam
sanados.
Medicamentos:
·
Nistatina (Mycostatin):
·
Posologia e modo de administração: Nos
lactentes, a dose recomendada é de 1 ou 2 ml (100.000 a 200.000 unidades de
nistatina) administrada quatro vezes ao dia. Nas crianças e adultos, a dose
recomendada varia de 1 a 6 ml (100.000 a 600.000 unidades de nistatina)
administrada quatro vezes ao dia.
·
Miconazol (Daktarin): gel oral, deve ser aplicado cerca de
1,25ml, com o dedo nos locais afectados da boca 4x ao dia por 7-10 dias, em
crianças com mais de 4 meses.
Reinfecção
A reinfecção ou recidiva da doença durante ou após
o tratamento é comum se não forem tomados os seguintes cuidados:
·
Afastamento de outras crianças com sapinho – seja escola ou em
casa
·
Higiene das mãos antes de mexer no bebé.
·
Esterilização de mamadeiras, chupetas e mordedores ou qualquer
coisa que entre em contacto com a boca da criança
·
Tratamento de infecção na mama ou seio materno, caracterizado
por dor ao amamentar, fissuras e inflamação. O tratamento pode ser com
nistatina solução ou miconazol gel 4x ao dia (não precisa retirar para
amamentar) ou fluconazol 150 mg dose única.
EVICÇÃO ESCOLAR
Toda criança com sapinhos, deve ser afastada
da escola, creche ou berçário enquanto apresentar lesões na boca pelo risco de
transmissão às outras crianças.

Sem comentários:
Enviar um comentário